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SGSUS promove o seminário “Alcoolismo na Juventude” em parceria com o Alcoólicos Anônimos
A Secretaria Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro promoveu, na quarta-feira (25/9), o seminário "Alcoolismo na Juventude", em parceria com o grupo Alcoólicos Anônimos.
Protocolo Eu Te Vejo
O seminário contou com a participação da juíza Vanessa Cavalieri, titular da Vara da Infância e da Juventude e autora do “Protocolo Eu Te Vejo”, que atua com foco nas causas e prevenção à violência escolar. “O protocolo se chama ‘Eu Te Vejo’ porque todo sofrimento é invisível para a família, a escola e o Estado até que um ato de violência seja praticado”, contou a magistrada. Em seguida, ela apresentou o projeto e explicou que os atos de violência extrema praticados por adolescentes seguem um percurso que envolve problemas como bullying, sofrimento psíquico ignorado, famílias disfuncionais e uso de tecnologia sem supervisão. “O ambiente virtual é o lugar mais perigoso que crianças e adolescentes podem estar sem a supervisão de um adulto”, alertou a juíza.
Consequências do uso de álcool na adolescência
Também participaram do seminário a médica Tania Carluccio Viana, especializada em psicologia médica e internato em saúde mental, e o psicólogo clínico com especializações em dependências químicas e comportamentais, terapia familiar sistêmica e psicanálise Marcelo Augusto Orofino. Com o tema “Adolescência: Tempo de Desafios e Possibilidades”, ambos abordaram os perigos e consequências que podem ser causados pelo consumo de álcool durante essa fase da vida.
A médica Tania Carluccio reforçou que, ao passar pela puberdade, jovens enfrentam dilemas como flutuações de humor e ânimo, contradições na conduta e a busca por criar sua identidade e que, em meio a tantos desafios e transformações, o consumo de álcool pode afetar o desenvolvimento e repercutir na neuroquímica cerebral.
Para o psicólogo Marcelo Orofino, o uso do álcool pode servir como uma alternativa para enfrentar os problemas que surgem não apenas pelas mudanças no corpo, mas também pelo contexto social. No entanto, ele lembra que “o uso de qualquer substância, não somente o álcool, não é solução para os problemas de ninguém, pelo contrário.”
Depoimentos de membros
Além das apresentações, membros do A.A. e do Al-Anon, grupo de apoio voltado para amigos e familiares de alcoólicos, deram depoimentos sobre suas experiências e falaram sobre a transformação realizada pelo Alcoólicos Anônimos em suas vidas. Foi o caso de A., que começou a frequentar as reuniões com 19 anos e, hoje, com 23, conseguiu abandonar os hábitos antigos e recuperar sua qualidade de vida: “Depois desses 3 anos de sobriedade, eu vejo que foi a melhor decisão que tomei na minha vida. Posso ser uma pessoa útil e feliz sem usar nenhuma substância”.
PB*
*Estagiário com supervisão de MB.
Fonte:
TJ Rio de Janeiro
26/09/2024 (00:00)
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